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[ Notícia 532 ]
23/07/2009
Toninho e Jobelson comandarão ROFC na busca por uma vaga na série B
Após dois anos licenciado de competições, o Rio das Ostras Futebol Clube voltará a disputar a Série C do Campeonato Estadual em 2009. E o projeto é ambicioso. O clube quer uma das três vagas para a série B, em 2010. Os escolhidos para a missão são o técnico gaúcho Toninho dos Santos e o preparador-físico campista Jobelson Salgado.
Toninho foi o técnico que levou o Rio das Ostras Futebol Clube ao vice-campeonato da série C em 2001. Como jogador, foi revelado pelo Internacional e teve passagens por Bangu, Porto Alegre (de Itaperuna), Cabofriense, Goiás e pelo futebol grego. Iniciou sua carreira de técnico em 1998, na Grécia, no Kalamata, trabalhou também na Noruega. Em 1999, formou-se como técnico de futebol. Trabalhou no Misto (MT), Operário (MT), Brasil Central (MT), Palmas (TO), Curupi (TO) e Esprof (Cabo Frio). Essa é quarta passagem de Toninho pelo Alvinegro da Costa do Sol.
Formado pela escola de Educação Física de Futebol, pós-graduado em técnico de futebol e treinamento desportivo, pela UFRJ, o preparador-físico Jobelson Salgado iniciou sua carreira em 1979, nas categorias de base do Volta Redonda. Durante 15 anos, foi palestrante em encontros promovidos pela Fifa para treinadores de futebol. Esta é sua segunda passagem pelo Rio das Ostras Futebol Clube. O professor Jobelson trabalhou ainda no Americano, Vasco, Bonsucesso e Botafogo.
Nesta entrevista, a dupla fala sobre as dificuldades para a disputa da Série C e mostra confiança no time, que terá a missão de classificar o Rio das Ostras Futebol Clube para a série B.
O que a torcida pode esperar deste time na série C?
Toninho: nosso time vai ter muita pegada. Estamos implantando um esquema de marcação forte, garanto que não vai faltar disposição. A Série C é um campeonato muito equilibrado, mas estamos confiantes. O nosso objetivo é a classificação para a Série B.
Jobelson: Para termos um time com pegada forte, a característica que o Toninho quer, temos que promover um trabalho de preparação física intenso, para que os jogadores possam suportar a partida. Além do trabalho físico no campo, estamos trabalhando força dinâmica na areia de praia, além de resistência muscular localizada e força explosiva, através de musculação.
Falando em equilíbrio, o que pode fazer a diferença nessa disputa?
Toninho: é um time ter padrão de jogo. Ter equilíbrio emocional. Fazer os gols, quando tiver oportunidade. Quanto mais homogêneo, mais espírito de grupo, tiver a equipe, mais chance terá de vencer. Além disso, temos uma estrutura montada por trás. Através da diretoria que tem dado condição de trabalho para a Comissão Técnica e Atletas, apesar de todas as dificuldades.
Jobelson: as condições, a estrutura dos clubes e a experiência dos profissionais podem ser esse diferencial. A nossa é muito boa. Acho que poucos clubes ou ninguém tem uma estrutura tão boa e uma condição física melhor do que a gente. Dispomos de quadra de futsal, society. Isso faz muita diferença.
Como está sendo realizado o trabalho para montar esse time?
Toninho: na verdade, este trabalho começou em fevereiro, quando iniciamos a preparação para a disputa do campeonato de juniores (de março a junho). Selecionamos alguns atletas que tiveram uma boa participação na competição (o lateral-direito Everton, o zagueiro Alemão, os meias Taiada e Vinícius; e os atacantes Renan e Sérgio integram o time profissional). Há cerca de dois meses iniciamos os trabalhos para a montagem do time profissional. Nesse período percebemos que temos um grupo de qualidade, com bom potencial, um bom nível, que poderemos acompanhar com o desenvolvimento do campeonato.
Jobelson: inicialmente, promovemos uma seleção de atletas. No último mês, intensificamos os trabalhos físicos, técnicos e táticos. Mesmo com o tempo de preparação do time não sendo o ideal, trabalhamos forte. Optamos por um método de trabalho que podemos chamar de global ou integrado. Eu e o Toninho temos um bom entrosamento, tanto dentro, quanto fora do campo, temos confiança no trabalho que é desenvolvido pelo outro. Isso faz com que, numa situação como a atual, em que não temos o tempo adequado para o desenvolvimento físico e técnico dos atletas, possamos trabalhar com velocidade, sem abrir mão de qualidade. Os atletas sentem um pouco no começo, mas é um trabalho que dá resultado.
Neste ano, a FFERJ implantou algumas mudanças no regulamento do Campeonato. Uma das mais impactantes é que apenas três jogadores com idade superior a 23 anos podem disputar uma partida. O que muda com isso?
Toninho: os jogadores mais velhos costumam pensar mais o jogo, enquanto a garotada quer mais correria. Contamos com jogadores experientes, que tem algo a passar aos jovens. Esses jogadores fazem a diferença quando sabem se comunicar dentro de campo, porque ditam o ritmo dos mais jovens.
Jobelson: com certeza teremos um campeonato muito mais corrido, com mais força. Os jogadores mais velhos costumam cadenciar mais o jogo. Por isso, a preparação física é fundamental.
Outra mudança importante é que o torneio será utilizado como laboratório para a implantação do tempo técnico (recurso utilizado em outros esportes, como vôlei e basquete para que os treinadores tenham a oportunidade de conversar com suas equipes). Ele terá a duração de 2 minutos e será indicado pelo árbitro, logo que houver uma paralisação após os 20 minutos de cada tempo. Como vocês vêem essa mudança?
Toninho: tem alguns pontos bons, como a oportunidade de detectar os problemas do time, mas haverá também mudanças na dinâmica do jogo. Vamos poder conversar mais. Penso que no segundo tempo pode ser mais útil, pois poderemos fazer uma leitura do jogo mais profunda.
Jobelson: outro ponto positivo é que teremos a oportunidade de hidratar os atletas, o que vai melhorar a condição deles para o jogo.
No último dia 11, o Rio das Ostras F.C, empatou (em 2 a 2) em jogo-treino realizado com o Quissamã, campeão da Série C em 2008, e que, neste ano, disputa a série B. Qual o balanço que vocês fazem desse jogo?
Toninho: a base do Quissamã trabalha junta há mais de um ano. Disputou a Taça Rio (torneio que dá uma vaga para a Copa do Brasil) e fez uma boa campanha. O resultado foi bom, mas não se deve dar importância. Foi interessante para observar o comportamento dos jogadores, a obediência tática. E eles mostraram que têm disciplina. Vemos que é um grupo forte, que está querendo ser campeão.
Jobelson: como teste foi bastante interessante. Estávamos no início da preparação, fechando o grupo e empatamos com um time que tem qualidade. Outro ponto importante a se destacar é que estamos num nível físico hoje muito superior ao daquela partida.
Por conta da desistência do Rio Bonito, os jogos do Grupo B, do qual o Rio das Ostras faz parte, foram adiados. Isso interfere de que forma no planejamento de vocês? O adiamento foi positivo ou negativo para a equipe?
Toninho: o conjunto teve a oportunidade de se conhecer mais, de se entrosar mais. Mas perdeu um pouco do lado emocional. Sempre tem aquela ansiedade: “será que vai começar, será que não vai”. Temos que saber como lidar com isso. Mas, no final das contas, acho que foi bom para o grupo.
Jobelson: foi benéfico porque conseguimos melhorar o rendimento físico dos jogadores recém chegados, mas por outro lado, atrapalhou um pouco porque estávamos psicologicamente preparados para jogar.
Qual a expectativa para a estréia diante da Esprof, no dia 1º de agosto?
Toninho: com o adiamento, tivemos mais duas semanas para trabalhar e isso vai ser bom. A expectativa é boa. Vamos para Cabo Frio, respeitando o adversário, mas vamos para ganhar os três pontos.
Jobelson: é natural que haja um nervosismo por conta da estréia, mas o grupo está preparado, trabalhamos muito forte e a expectativa é conseguir um bom resultado.
Que recado vocês deixam para a torcida?
Toninho: o torcedor do Rio das Ostras sempre foi muito presente. Espero que continue comparecendo aos jogos para incentivar o nosso time, que vai representar a cidade.
Jobelson: o time precisa do 12º jogador, que é a nossa torcida, dando incentivo, apoiando e motivando mais os jogadores.
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