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[ Notícia 1619 ]
09/03/2011
GM Assinado em Rio das Ostras
Servidores e população exigem rapidez e eficiência na investigação
Por Roberta Vitorino
O Guarda Municipal José Carlos Werneck, de 36 anos, foi assassinado na madrugada desta terça-feira, 8, com dois tiros, um na cabeça e um no tórax. Segundo o delegado adjunto da 128ª DP em Rio das Ostras, Avelino da Costa, o assassino está foragido, mas já foi identificado. O crime aconteceu no Centro da cidade enquanto Werneck tentava apartar uma briga entre dois homens. O GM tentou imobilizar o rapaz, identificado como João Paulo, quando ele sacou uma arma e deu quatro tiros. Werneck foi levado ao hospital ainda com vida, mas não resistiu. O assassino conseguiu fugir.
A morte de Werneck causou uma grande mobilização do efetivo da Guarda Municipal, que fez uma passeata até a sede da secretaria e protestou por melhores condições de trabalho. Mais de 100 guardas participaram da manifestação. Durante o protesto, os guardas pediram pela saída do secretário de Ordem Pública e Controle Urbano, o coronel Sérgio Pinto e exigiram a presença do prefeito Carlos Augusto no local.
“Estamos reivindicando mais organização do trabalho, para que não sejamos prejudicados. Hoje dois guardas são escalados para o fechamento de uma rua durante o carnaval, num lugar onde deveriam ter cerca de 30 guardas, porque são mais de 100 mil pessoas”, disse o GM Paulo César Viana. A Secretaria de Ordem Pública e Controle Urbano conta com um efetivo de aproximadamente 400 homens.
De acordo com o GM, os policiais fazem ronda nos bairros e atuam em um trabalho que deveria ser feito pela Polícia Militar. “Nossa função é tomar conta do patrimônio público e não atuar como policiais. Nós não andamos armados”, ressaltou Viana. Para o inspetor Marden, a Guarda Municipal de Rio das Ostras abraçou tudo, desde a Defesa Civil até a questão da segurança.
Ainda nesta terça-feira, o coronel Pinto se propôs a conversar com uma comissão de sete funcionários que foi formada para levar até ele os problemas encontrados na GM. “Vamos ouvir as reivindicações e se forem possíveis de serem implantadas, nós faremos”, frisou o secretário. Para Pinto, os guardas não atuam como policiais, mas complementam o serviço que é de obrigação do Estado.
Quanto a armar a guarda, o secretário afirmou ser contra, mas disse que isso pode acontecer como em outros municípios, devido ao grande aumento populacional. Mas Pinto garante, que em casos como o de Werneck, a arma não garantiria a segurança do guarda em relação ao assassino.
PARALISAÇÃO- Em função da manifestação, todos os postos de trabalho foram abandonados pelos guardas municipais que só se prontificaram a retornar se a conversa com o coronel fosse positiva. O enterro de Werneck será no município de Cantagalo nesta quarta-feira, 9, e dois ônibus e algumas vans levarão guardas para a cidade.
INVESTIGAÇÃO- O delegado disse que já ouviu seis testemunhas e que ainda pedir ao juiz de plantão para que expedisse o mandado de prisão para o assassino. Costa explicou que vai ouvir outras testemunhas para complementar a investigação. Segundo ele, o GM agiu de maneira correta ao tentar conter a briga.
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